Por Luciana Oliveira
Alice Howland é uma renomada professora de psicologia cognitiva na Universidade de Harvard. Aos 50 anos, sua carreira está no auge e a vida familiar estável e feliz, quando pequenos lapsos de memória começam a aparecer. Uma palavra esquecida durante uma palestra, uma confusão momentânea ao se perder em um ambiente familiar são inicialmente atribuídos ao estresse, até que Alice decide ir ao médico e recebe o diagnóstico: Alzheimer precoce.
Assim começa a cativante obra de Lisa Genova, que é Ph.D. em neurociência e viaja pelo mundo realizando palestras sobre o Alzheimer. Com muita sensibilidade a autora traz reflexões difíceis, mas necessárias, sobre a fragilidade do nosso controle sobre a vida e as estratégias para aprender a construir a aceitação e as limitações quando a doença bate à nossa porta.
Com diálogos e citações delicadas, mas intensas o livro vai apresentando a importância e a resiliência das relações familiares e principalmente a valorização do momento presente, em especial diante de uma doença que apaga o passado e compromete o futuro: “Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente”.
Para Sempre Alice é uma obra sensível e profundamente tocante, que nos desafia a pensar sobre como lidamos com a fragilidade da mente humana. Lisa Genova aborda o Alzheimer não apenas como uma doença, mas como uma experiência vivida por dentro e pelos olhos de quem ama e
cuida. A leitura é um convite a olhar para a empatia e para a humanidade em sua essência mais pura.
Você pode também complementar sua leitura assistindo ao filme de mesmo nome com a atriz Julianne Moore, maravilhosa, no papel de Alice Howland.
Boa leitura e bom filme!
