Por Helvio Matzner
Ao falarmos sobre moradias, penso em como melhorar a qualidade de vida onde vivemos. Alguns conceitos estão sendo aplicados nas cidades como as Smart Cities, que são modelos de cidade inteligente, nas quais as operações e a infraestrutura estão conectadas e interligadas à tecnologia.
Um dos aspectos subestimados das cidades inteligentes é como podem ajudar a crescente população 60+. O uso da Tecnologia das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) nas cidades pode melhorar a acessibilidade a uma ampla gama de serviços diários para a pessoa idosa e evitar que se tornem dependentes de outras pessoas. Dispositivos de saúde inteligentes eliminaram a necessidade de interferência humana. Com isso, podem garantir que todas as suas necessidades básicas sejam atendidas, como lembrar de tomar os comprimidos na hora certa, compromissos, endereços, entre outras informações do dia a dia.
Ao redor do mundo, cidades como Cingapura, Copenhague, entre outras, já são consideradas inteligentes e possuem as mais modernas tecnologias com uma estrutura construída sobre IoT e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), aprimorando seus serviços e operações para o benefício de seus cidadãos, residências, serviços públicos, transporte e muito mais por meio da conectividade móvel.
Outro exemplo, é a cidade inteligente que controla a iluminação, o aquecimento e o Resfriamento, a capital da Noruega, em Oslo. Na Holanda, ao invés de carros elétricos, são as bicicletas que estão presentes. A cidade de Zurique, na Suíça, possui um dos níveis mais baixos de emissão de CO2 investindo em energias renováveis.
No Japão, temos exemplos de cidades planejadas para pessoas idosas, como Fujisawa e a futura cidade Woven City, que está sendo construída pela Toyota em uma área de, aproximadamente, 70,82 hectares, localizada perto do Monte Fuji. A proposta é que todas as pessoas, edifícios e veículos possam se comunicar uns com os outros por meio de dados em tempo real e sensores incorporados.
Para garantir que as cidades inteligentes sejam construídas corretamente para os 60+, é necessário incluí-los na fase de planejamento. Também temos os pilares básicos das Smart Cities, que são essenciais para o seu funcionamento como conectividade, mobilidade, segurança e sustentabilidade.
Cidades Inteligentes no Brasil
No Brasil, a cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, por exemplo, foi recentemente certificada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como cidade inteligente.
De acordo com o ranking Connected Smart Cities 2021, da Urban Systems, as cidades de São Paulo, Florianópolis e Curitiba lideram a lista de cidades mais inteligentes do país. Nesse ranking, são analisados indicadores de mobilidade, economia, educação, saúde, meio ambiente, urbanismo, energia, tecnologia e inovação, empreendedorismo e governança.
Em todo o país, projetos estão saindo do papel como a Smart City Laguna, Projeto do Eurogarden, entre outros. Atualmente, Brasília possui um projeto tecnológico em andamento chamado Biotec, que viabiliza a instalação de várias empresas, instituições de pesquisa e centros de inovação nesta área.
É preciso desenvolver o conceito de Smart Cities para o público 60+, que será uma alternativa para o futuro com uma visão intergeracional da população. Na próxima edição, vamos falar sobre a Smart City Expo Curitiba, um evento realizado em março de 2023 e faz da capital paranaense uma cidade inteligente.
