Por Luciana Oliveira
Vamos de clássico da literatura? A sugestão dessa vez é uma obra de Tolstói, ilustre escritor russo, autor de outras grande obras como Guerra e Paz e Anna Karenina. Conhecido por seus livros robustos, “A Morte de Ivan Ilich” é uma novela curta, por volta de 80 páginas a depender da edição, mas nem por isso menos significativa, sendo considerada inclusive como precursora do modernismo russo.
Publicado pela primeira vez em 1886, o livro, como todos os clássicos, traz reflexões que ainda hoje são importantes. A obra relata as ponderações de Ivan
Ilich, um funcionário público da Câmara de Justiça, que morre após sofrer um acidente doméstico aos 45 anos.
O livro tem início com a notícia da morte de Ivan em seu ambiente de trabalho e, digamos, a não comoção que isso causa. A partir daí a obra passa a ser uma visão geral sobre a vida de Ilich, ora narrada por um observador, ora as considerações do próprio Ivan sobre os caminhos que seguiu.
Embora seja um livro pequeno, são muitas as visões possíveis de aprendizado que a obra trás como por exemplo: as relações de afeto e cuidado que podem vir de pessoas das quais não se espera, que laços familiares não necessariamente são garantia de atenção e empatia ou ainda, como o peso e a prioridade dados
ao trabalho e as aparência pode afetar os demais aspectos de nossa vida. A relação médico-paciente presente na obra também é outro viés que vale a pena
ser analisado e que gera boas análises.
Lembrando sempre que um clássico deve ser lido tendo em vista a realidade da época em que foi escrito, sua leitura sempre serve para nos questionarmos sobre
o que conseguimos evoluir como sociedade ao longo dos anos ou, principalmente, o que ainda nos prende a padrões que talvez ainda precisamos ressignificar. Boa leitura!!