Recentemente, um vídeo de um grupo de colegas em uma universidade do interior de São Paulo debochando de uma companheira de classe com 45 anos, viralizou nas redes sociais com muitas críticas à postura das alunas que demonstraram o preconceito contra à estudante. Após o episódio, a discussão sobre o etarismo veio à tona.
O etarismo diz respeito à discriminação pela idade. Pode ser definido como discriminação etária, discriminação geracional, etarismo ou idadismo. É importante ressaltar que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), um em cada seis idosos sofrem ataques de etarismo.
Carine Suder, psicóloga do Conselho Regional de Psicologia, explica que esse tipo de violência afeta principalmente o psicológico da pessoa. Essa situação pode impactar também a saúde mental de quem sofre os ataques de etarismo. Carine diz que vários fatores podem influenciar na saúde mental da vítima. “Em relação à saúde mental, vai depender da intensidade das agressões, do impacto e repercussões que tiveram e de quem fez a agressão. De modo geral, as agressões geram muita dor, e junto com essa dor vem uma mistura de emoções de tristeza e de raiva”, completa.
Carina ainda afirma que tais emoções geradas devido aos ataques relacionados à idade, podem causar uma série de desdobramentos psicológicos na vítima. Ela pode não se concentrar mais em suas atividades de rotina diárias, por exemplo.
“Denunciar e notificar os órgãos competentes sobre o que lhe aconteceu, e buscar os atendimentos para conseguir lidar com a situação, para ter seus direitos resguardados. No caso desse tipo de violência que é constante, é preciso se perceber nessa situação”, diz Carine.