O Dia da Educação, comemorado anualmente no dia 28 de abril, foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em uma união de 164 países – incluindo o Brasil – para representar o compromisso dessas nações com o desenvolvimento da educação. Celebrada há 19 anos, a data foi instituída na cidade de Dakar, no Senegal, durante o Fórum Mundial de Educação.
A preocupação da ONU com o assunto é tamanha, que o desenvolvimento da educação virou um de seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A organização entende que os estudos têm um papel fundamental no desenvolvimento de crianças e adolescentes, além de combater as desigualdades ao redor do mundo.
Mas a educação não possui apenas valor para as crianças e adolescentes. Ela também beneficia a pessoa idosa.
Através dos estudos, a pessoa idosa passa a “ter autonomia e independência, trazendo um papel de destaque dentro da sociedade”. É o que diz Karine Tomczac, pedagoga do CEDIVIDA. Para ela, a educação possui um papel que vai além do processo educativo de Ensino Fundamental e Ensino Médio para a vida da pessoa idosa.
Para a os 60+, estar inserida em um contexto no qual ela possua acesso ao estudo, a sua cognição, pensamento crítico e outras áreas são beneficiadas. Segundo Karine, “a educação interfere em vários sentidos. É sobre a pessoa idosa saber ler uma placa no trânsito, saber ler a bula do remédio que é recomendada pelo médico. Isso ajuda em fazer ela sentir pertencimento”.
A pedagoga ainda comenta sobre o acesso à educação da pessoa idosa. “Acredito que devem existir conteúdos adaptados. É importante pensar na realidade da pessoa idosa hoje e em como ela está sendo vista no Brasil, para entender como ela está chegando até esse momento”.
No Brasil, há estudos e discussões para mudanças na nomenclatura do Ensino para Jovens e Adultos (EJA), para se tornar Ensino para Jovens, Adultos e Idosos. Mas Karine afirma que não basta haver apenas mudanças no nome, mas é preciso ter alterações na metodologia deste ensino. “Para melhorarmos o acesso da pessoa idosa nos estudos, é necessário analisar várias questões. Esse conteúdo será adaptado? Esse ensino vai auxiliar no pensamento crítico? Tudo isso, para evitar o aumento da evasão escolar por parte da pessoa idosa, que acontece muito”, diz.
No CEDIVIDA, foi realizada recentemente uma palestra sobre o contexto histórico da pessoa idosa na educação. Temos uma matéria aqui no site para te contar como foi, para saber mais, clique aqui.