Anualmente, o dia 11 de agosto é marcado pela data do Dia do Estudante, que fala sobre a importância que a educação tem na formação da sociedade. A data foi criada em 1927, para homenagear a criação das duas primeiras faculdades no Brasil, em 1827.
A educação possui um papel significativo, não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo todo. Em todas as faixas etárias, ela se mostra muito mais útil para além da formação de uma sociedade, auxiliando no desenvolvimento cognitivo, trazendo benefícios sociais e também para a saúde mental.
Isso se torna mais evidente, ao vermos o impacto que ela pode causar na vida da pessoa idosa. Karine Cassilha, pedagoga do CEDIVIDA, explica que a inclusão social da pessoa idosa em ambientes educacionais, proporciona convivência fortalecimento de vínculos. “A inclusão da pessoa idosa na educação, além de promover o envelhecimento ativo, propaga a ideia de que conquistar a terceira idade significa perseverança e esperança no viver”.
Para ela, há diversos benefícios ao fazer parte de ambientes educacionais. “Para a sociedade, seria a quebra de paradigmas e preconceitos em relação ao envelhecimento, em que a pessoa idosa por meio da educação consegue estabelecer uma identidade de pessoa ativa”.
Acesso às Universidades
Em 2024, o Brasil deu um importante passo no acesso aos estudos para a pessoa idosa. A criação do Projeto de Lei 468/2024, prevê a inclusão de um parágrafo ao artigo 25, do Estatuto da Pessoa Idosa, que diz:
- 2° Os processos seletivos das instituições de educação superior deverão apresentar formatos acessíveis e adequados às pessoas idosas, para garantir oportunidade igualitária de acesso à educação.
Segundo a Dra. Beatriz Pedruzzi, advogada do escritório Vianna Roland Advogados, o acesso facilitado aos ambientes acadêmicos contribui para a inserção da pessoa idosa em demais áreas da sociedade. “Desenvolvimento de projetos, participação em programas científicos ou de estágio, além do potencial crescimento no ambiente de trabalho, garantindo maior convivência social, trocas interpessoais em dinâmica entre gerações e, consequentemente, a melhora da qualidade de vida”.
Na opinião dela, as universidades serão as responsáveis por criarem processos seletivos acessíveis. “Entendo que após a aprovação do Projeto de Lei e implementação de processos seletivos acessíveis às pessoas idosas, para a participação bastará que comprove possuir idade igual ou superior a 60 anos, conforme assegurado pelo artigo 1°, do Estatuto da Pessoa Idosa”.
Vale ressaltar que o Projeto de Lei 468/2024 não está associado à política de cotas.
Ainda faltam algumas etapas para que este Projeto de Lei, ele precisa ser aprovado pelo Senado e na Câmara dos Deputados para ser encaminhado à sanção presidencial, para então ser sancionada.