Por Carlos Air
É mágico o poder de servir, de ajudar o próximo.
Todos nós temos algo a contribuir nesta existência, neste mundo. Quando nos doamos à este propósito, geramos uma energia extremamente benéfica, positiva no mundo e em nossa vida.
Ao refletir sobre a vida, comecei a perceber o quão incrível é realmente o poder de ajudar os outros e que diferença isso pode fazer. Deixem-me qualificar isto dizendo duas coisas: em primeiro lugar, que não estou me referindo à uma distribuição lamentável e desdenhosa de recursos que perpetua um ciclo vicioso de carência, mas de um investimento genuíno e sincero na vida de outra pessoa – uma necessidade, um sonho ou uma presente. Em segundo lugar, não limito a ajuda simplesmente ao tipo financeiro, mas também ajudando doando tempo, energia, cuidado, ensino, experiência e tantas outras coisas que não podem ser quantificadas como dinheiro. Ajudar é uma coisa poderosa e, curiosamente, na maioria das vezes quem ajuda tende a esquecer essa ação porque a vê como pequena. Mas quem recebe ajuda (se for sincero e grato) nunca esquecerá, porque essa ajuda veio num momento em que estava fraco e até desesperado. Quão poderosa é a mão que ajuda!
Em minha própria vida, recebi muita ajuda. Seria perigoso e injusto tentar começar a nomear as pessoas que me ajudaram, de uma forma ou de outra, a crescer e a me tornar uma pessoa melhor. Em gratidão por isso, não deveria eu, pelo menos, tomar hoje a decisão de me tornar uma pessoa cuja vida é dedicada a ajudar também os outros? Principalmente visto que vivemos em um mundo onde somos levados a viver da maneira mais egoísta possível e a fazer apenas o que é bom e confortável para nós mesmos. No mundo de hoje, tudo gira em torno de “eu, eu, eu” (ou outras variações como eu, eu e eu).
Observo cada vez mais que as comunidades e nações mais poderosas do mundo são aquelas que têm, como modo de vida, uma cultura de ajudar uns aos outros e de ajudar os outros. Aplica-se o oposto: as comunidades e nações mais fracas parecem não ver o valor de ajudar uns aos outros e aos outros. Em vez disso, veem-se apenas como receptores de ajuda. Mas provavelmente devo enfatizar mais uma vez que não estou falando de uma distribuição inútil de recursos, mas de um investimento inteligente e bem pensado.
Tome a decisão de ser uma pessoa que ajuda os outros e não menospreze as coisas que você tem à sua disposição e que podem significar muito para outra pessoa. Lembre-se de que não se trata apenas de dinheiro. Seu sorriso e carinho pode ajudar alguém a superar uma fase difícil e espinhosa.