O que Realmente Separa a Escassez da Fartura?

por | 26 de junho de 2025 | Notícias, Vida e Carreira

Na coluna de finanças pessoais desta semana, de Carlos Air vamos falar sobre escassez e fartura.

Em um país tão desigual como o Brasil, não seria difícil presumir quais são os maiores anseios da população. O desejo de alcançar estabilidade financeira, viver com dignidade e garantir o bem-estar daqueles que amamos é, sem dúvidas, uma busca quase universal. Quem não sonha em viver uma vida com mais conforto, segurança e liberdade? 

Contudo, apesar desse desejo legítimo, estudos e pesquisas em diversas áreas – da economia à psicologia comportamental – mostram uma realidade desconcertante: a maioria das pessoas que vivem na escassez permanecerão exatamente onde estão. E, surpreendentemente isso não ocorre, primordialmente pela falta de dinheiro. A raiz do problema está na mentalidade de escassez, profundamente enraizada e, muitas vezes, passada de geração em geração.  

No livro de minha autoria, intitulado “Rico Pobre – A Diferença Não é o Dinheiro” trago uma reflexão necessária, porém desconfortável para muitos. A verdade é que a sociedade, de forma geral, educa seus membros para obedecer, seguir regras, buscar segurança e evitar riscos – mas raramente os prepara para gerar riqueza, empreender ou prosperar. Existe um condicionamento silencioso que forma excelentes operários, mas pouquíssimos construtores de seu próprio destino.  

Se continuarmos pensando e agindo como a maioria, colheremos os mesmos resultados da maioria: escassez, frustração e dependência. E se essa constatação causa desconforto, ótimo! Isso significa que existe dentro de você um sinal de alerta, um chamado à transformação. Afinal, informações como essa não são para quem busca conforto, mas para quem almeja liberdade financeira, emocional e, sobretudo, de pensamento.  

Portanto, a pergunta que norteia essa reflexão é; o que de fato separa escassez da fartura? A resposta é simples; não é o dinheiro, mas sim a mentalidade. O dinheiro é, na verdade, uma consequência  – nunca a causa.  

A diferença está na forma como cada pessoa escolhe conduzir sua vida: agindo com disciplina, inteligência, planejamento e, principalmente, renúncia dos prazeres momentâneos em favor de objetivos maiores. A escolha diária entre o que é fácil e confortável agora, ou o que é desafiador, mas recompensador no futuro, define, de forma implacável, o destino de cada um.  

Quem escolhe os caminhos fáceis hoje – gastar sem planejar, procrastinar, evitar o desconforto do aprendizado e da disciplina, provavelmente colherá tempos difíceis amanhã. Por outro lado, quem compreende que o preço da construção é menor que o custo da frustração futura, encontrará no sacrifício temporário a chave para uma vida abundante.  

A linha que separa a escassez da fartura não está na conta bancária, mas no modo de pensar, nas decisões diárias e, sobretudo, na disposição de construir, mesmo quando o retorno parece distante. 

No fim, prosperidade não é um destino. É uma escolha contínua.  

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