Bons hábitos contribuem para a longevidade

por | 20 de maio de 2022 | Autocuidado

Com o aumento na expectativa de vida dos brasileiros, a preocupação em viver com qualidade de vida também é algo a ser discutido. Os hábitos de atividades físicas e alimentação fazem toda a diferença para chegar aos 90 anos com saúde.

O chefe do serviço de geriatria e supervisor do Programa de Residência Médica em Geriatria da Santa Casa de Curitiba, José Mário Machado, destaca alguns hábitos necessários para manter-se bem com uma idade mais avançada:

  • Ter uma atividade física regular, associando exercícios aeróbicos e contra resistência, por pelo menos 20 minutos por dia;
  • Idosos devem reconhecer seus limites e não cobrar do corpo o que ele não está preparado para fornecer. E sempre devem buscar uma orientação profissional para os exercícios;
  • Na alimentação: deve-se ingerir muito líquido, principalmente água, evitar gorduras saturadas e buscar uma dieta rica em fibras, com frutas e legumes; e evitar também excessos nos condimentos, embutidos e na carne vermelha.

A qualidade do sono também desempenha papel importante na saúde da pessoa, pois é durante o sono que o organismo se reorganiza e fixa as informações importantes – o ambiente para se dormir precisa ser adequado, com ausência de luz, ruídos e estímulos visuais (televisão, tela de celular e computador).

Realizar exames periódicos também é muito importante para o controle da saúde, independente de se estar bem ou experimentando algum sintoma. Controle do peso, pressão arterial, circunferência abdominal, níveis sanguíneos da glicose e do colesterol representam cuidados essenciais para uma vida saudável, em qualquer idade.

“O convívio social também traz grandes benefícios à saúde. Ser humano é ser social. A convivência social estimula a empatia, a solidariedade e a resiliência, por exemplo”, afirmam o geriatra.

Outro fator necessário à longevidade são as atividades intelectuais, que estimulam o metabolismo cerebral. Oferecer desafios ao cérebro, rotineiramente, faz com que ele se mantenha ativo, facilitando ou criando novas sinapses (comunicação entre as células que compõem o sistema nervoso). “É importante que o indivíduo se mantenha sempre como eterno aprendiz. Ele deve evitar a zona de conforto, buscando novos conhecimentos, abrir o foco de atenção”, diz.

Dica: busque novos horizontes, maior amplitude, novas áreas de conhecimento, seja literatura, música, carpintaria, jardinagem, costura, pintura, cinema, lavoura, informática ou esporte.

Machado também considera importante combater o “etarismo” (discriminação etária) e a idolatria à juventude eterna. “A sociedade tem que se convencer de que atingir a velhice é um privilégio. Pessoa idosa é aquela que experimentou todas as fases da vida. E a velhice é a fase mais longa da vida humana e merece ser vivida com qualidade, respeito, valorização e dignidade. A sociedade deveria olhar para as pessoas idosas com mais respeito, carinho e empatia. Deveria ouvi-las com atenção, pois são autoridades com experiência de vida e naturalmente sábias”, conclui.

É importante ressaltar que essas regras não se aplicam apenas aos idosos, mas a todas as idades. Porém, na terceira idade, é preciso ter um cuidado redobrado nesses quesitos.