A doença de Parkinson é uma condição que afeta o sistema nervoso central (região do cérebro encarregada de receber e processar informações), afetando principalmente o sistema motor, responsável por controlar os movimentos do corpo. É uma doença degenerativa, crônica e progressiva, ou seja, condição em que os órgãos ou tecidos do corpo se degradam lentamente, o que pode levar a uma perda da função, em geral motora.
A idade é a maior causadora da doença. Ela atinge, em grande parte, pessoas acima dos 60 anos. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com Parkinson, e há uma estimativa de que até 2030 esse número possa aumentar para 600 mil pessoas.
Pensando no aumento deste número, o 11 de abril foi instituído como Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, que visa trazer mensagens de conscientização, prevenção e a busca pelo diagnóstico precoce à população.
Apesar de ser caracterizada pelos tremores, a geriatra Dra. Isabele Mendes, alerta sobre os sinais da doença, em seu estado inicial. “Ocorrem alterações no olfato como perceber menos o cheiro, ou perder a capacidade de distinguir os cheiros. Além de alterações no humor, podendo causar depressão, e em alguns casos há também a prisão de ventre”.
Segundo ela, na fase em que ocorrem os tremores, eles podem ser identificados em momentos de repouso, sendo menos intensos quando o paciente está dormindo. Esse sintoma é acompanhado por rigidez muscular e lentidão nos movimentos. Em fases mais avançadas, podem ocorrer alterações cognitivas.
A profissional diz que o tratamento se inicia ao depender dos sintomas apresentados pelo paciente. Pode ser divido em duas partes: não-farmacológico e farmacológico. “No tratamento não-farmacológico, incentivamos o paciente a praticar uma atividade física, principalmente os exercícios de equilíbrio. Dentro do tratamento farmacológico, indicamos o uso de remédios para o aumento de dopamina, visando a melhora dos sintomas motores”.
A Parkinson, felizmente, não pode levar a riscos de morte diretamente. Porém, pode apresentar complicações. Com a deficiência cognitiva, é possível que haja quedas, uma das principais causas de morte em pessoas acima de 80 anos.
O Mal de Parkinson é uma doença que requer um cuidado voltado ao bem-estar e qualidade de vida do paciente. Por isso, é necessário o acompanhamento de vários profissionais da saúde como fonoaudiólogo, geriatra, educador físico, nutricionista, fisioterapeuta e neurologista.