A Semana de Prevenção de Quedas é um movimento criado pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME). O intuito é promover conhecimento relacionado à importância da prevenção de quedas de pessoas idosas.
Diversas instituições adotaram a Semana de Prevenção de Quedas como campanha, para promover conscientização e conhecimento sobre o tema.
As quedas costumam ser acontecimentos constantes na vida da pessoa idosa, expondo problemas de saúde que ainda não foram descobertos. Mas na maioria das vezes, os acidentes acontecem devido ao ambiente inadequado em que a pessoa idosa vive e habita.
“Para uma pessoa cair em casa, é uma somatória de fatores”, diz a arquiteta Juliana Tissot. Para ela, diversos fatores devem ser levados em consideração para saber o motivo da ocorrência da queda. “Para uma pessoa idosa cair dentro de casa, existe uma somatória de fatores. Quando se tem o ambiente inadequado somado a algum problema de saúde, o fator de risco aumenta”.
A arquiteta explica que para evitar quedas dentro de sua moradia, deve-se começar entendendo suas limitações físicas. A partir disso, é importante entender que não se pode adaptar seu comportamento ao ambiente. “Uma pessoa que não alcança seu armário alto, ela sobre em uma cadeira ou banco. Isso está errado, pois a coloca em risco. Isso é se adaptar ao ambiente”.
Juliana ainda recomenda avaliar como é o ambiente em que vivemos, a fim de evitar exposições aos riscos de quedas. “Observar onde está se adaptando ou onde está tendo dificuldade. Principalmente dentro de cômodos com dificuldade de locomoção”. O ideal é que a mobília se molde à rotina da pessoa.
Juliana já esteve no CEDIVIDA realizando duas palestras sobre a prevenção de quedas. Relembre aqui.
A arquiteta também possui um e-book falando sobre o ambiente de moradia seguro para pessoas idosas. Veja aqui.
Fatores biológicos
Os fatores biológicos também são levados em consideração na hora de avaliar o motivo das quedas.
Muitas vezes, elas colocam em exposição doenças e limitações não descobertas pela pessoa idosa. Sendo assim, é necessário que a pessoa idosa busque uma vida mais ativa e saudável.
Para a fisioterapeuta Caroline Saladini, especialista em gerontologia e membro da diretoria da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatra e Gerontologia), as quedas nas pessoas idosas podem ser comuns, mas não em pessoas mais ativas, e alerta para que a família esteja atenta aos pequenos sinais de vulnerabilidade física como falta de firmeza nas pernas, insegurança para andar, medo de cair, necessidade de se apoiar, além de comorbidades que fazem parte do envelhecimento.
A especialista também menciona os cuidados que deve se ter para se prevenir das quedas. “Além de ter uma vida mais ativa, a avaliação da pessoa idosa, contemplando todos os possíveis fatores de risco, também é recomendável. A partir disso se propõe ajustes ambientais, revisões medicamentosas, acompanhamento clínico e treino de equilíbrio intenso e desafiador, sob a supervisão de um profissional especializado”.
Esteja em dia com as suas consultas médicas para saber de todos os possíveis problemas que possam comprometer a autonomia. Na hora de adaptar o ambiente domiciliar, é possível contar com a ajuda de um arquiteto.