Uma das maneiras que observo a prosperidade nas pessoas é a forma como elas se doam: pela empatia, altruísmo e reciprocidade. A maneira como elas interagem em distintas situações e com pessoas. Quando nos preocupamos com os outros, mostramos o quão grandes somos como humanos. Ao servirmos, multiplicamos tal energia ao nosso favor. Com isso, enviamos ao mundo intrinsecamente a abundância que existe dentro de nós.
É um grave equívoco pensarmos que as pessoas necessitam apenas de dinheiro, ou que irão nos procurar com apenas esta pretensão. Me parece estar em extinção a atenção genuína, abraço caloroso, conversas de qualidade e interações construtivas. A impressão que se tem é que estamos substituindo isso pelas tais “redes sociais,” que de sociais não têm nada. Estamos vivendo em um mundo cheio de pessoas, mas boa parte destas sentindo-se solitária.
Todos nós passamos por momentos em que estamos para baixo e não temos certeza se temos o que é preciso para superar. O interessante é que, naquele momento, não precisamos de sacos de dinheiro. Só precisamos que alguém nos note, mesmo que tudo o que aconteça seja alguém simplesmente perguntando: “Você está bem?”. Como fica difícil quando isso não acontece.
Ao refletir sobre a jornada da vida, comecei a perceber o quão incrível é o poder de ajudar os outros e a diferença que isso pode fazer. Deixe-me qualificar isso dizendo duas coisas: em primeiro lugar, não estou falando de uma distribuição lamentável e desdenhosa de recursos que perpetua um ciclo vicioso de carência, mas um investimento genuíno e sincero na vida de outra pessoa. Em segundo lugar, não limito a ajuda apenas ao tipo financeiro, mas também ajudando ao doar tempo, energia, cuidado, experiência e tantas outras coisas que não podem ser quantificadas com o dinheiro. Ajudar é algo poderoso e, curiosamente, na maioria das vezes quem ajuda tende a esquecer essa ação por considerá-la pequena. Mas aquele que recebe ajuda (se for sincero e grato), jamais poderá esquecer porque essa ajuda veio em um momento em que estava fraco e até desesperado. Quão poderosa é a mão que ajuda!