Por Mariana Mello
Olá! Meu nome é Mariana Mello e começo hoje como nova colunista voluntária. Tenho 43 anos, sou jornalista e criei o Maturidades, projeto de conteúdo independente, fruto dos meus estudos em gerontologia. “Geronto o quê?”, muita gente me pergunta. Gerontologia, a ciência que estuda o envelhecimento. Meu propósito de estar aqui é trazer conversas e temas que fazem parte desse universo tão inexplorado e repleto de tabus. Obrigada, Cedivida, pelo convite!
A primeira lição que se aprende na gerontologia é inquietante: envelhecer faz parte de estar vivo. A segunda é que ninguém muda de personalidade porque envelheceu. Seremos exatamente as mesmas pessoas, só que com mais anos de vida. Quer mais um insight? A maturidade não é um dia que chega. Ela não acontece na virada de uma década específica: 60+, 70+, 80+. A maturidade é, isso sim, o resultado de uma construção realizada em todos os dias, meses e anos. É quando chega a hora de acertar as contas a respeito de todas as decisões que tomamos pela vida, as boas e as que poderiam ter sido melhores.
Se a velhice é o resultado de um plantio, como anda o seu jardim? Além do preparo financeiro e do monitoramento da saúde física e mental, há um preparo importante, nem sempre merecedor da devida atenção: o afetivo. Como estão os seus afetos? Você tem visto seus amigos? Algum desejo intrínseco está ignorando? Você tem colecionado boas lembranças? Se por um lado é fácil negligenciar essa parte da vida, em nome das demandas que criamos para justificar rotinas lotadas e cansativas, por outro é fácil retomar de onde quer que tenhamos parado. Não importa a sua idade, que tal começar hoje?