O convívio é uma necessidade de todos, sendo importante para o bem-estar e o sentimento de inclusão. A pandemia da Covid-19 trouxe o isolamento social, prejudicando esse contato com as outras pessoas e afetou a todos, principalmente as pessoas idosas.
O psicólogo Henrique Shody explica que o convívio social garante ao idoso mais dignidade, senso de bem-estar e realização diante da vida. “Para muitas pessoas, a velhice é uma fase da vida atravessada por sentimentos difíceis, como a solidão, a perda da identidade e dos espaços de convivência que lhe eram garantidos”. Por isso, promovendo o convívio, se oferta a possibilidade de viver uma velhice repleta de realizações, dando um sentido à vida.
Para ter um bom convívio social, o psicólogo acredita que é muito relativo para cada um. “Podemos dizer que um bom convívio social é aquele em que há a presença de dignidade, respeito, consideração e admiração mútua entre os presentes em um determinado espaço”. Diante disso, é fundamental conhecer e ouvir quais são os espaços que se deseja estar, e quais pessoas lhe trazem bem-estar.
A convivência com os jovens pode ser muito importante para a terceira idade. O profissional comenta que vivemos em uma sociedade que parece alimentar um certo confronto entre as gerações. “De um lado, temos o culto à juventude, que é vista como a fase das possibilidades, dos sonhos, das conquistas e realizações e do outro, temos o estigma da velhice, que é vista como a fase das perdas, da solidão e da espera pela morte”, reflete. Ao exercitarmos o convívio entre pessoas idosas e os mais jovens, podemos superar esses preconceitos, pois fica claro o quanto temos a partilhar e aprender uns com os outros, independente da idade ou fase de vida que estamos atravessando.
Ao promovermos espaços de convívio social para a pessoa idosa, estamos justamente oferecendo a ela a possibilidade de viver uma velhice que não seja representada apenas por perdas e privações, mas também realização e sentido para uma vida digna. “Acredito que a melhor maneira de trabalhar a inclusão social da pessoa idosa é, justamente, poder ouvi-la naquilo que são os seus desejos, vontades e necessidades de convivência e relações afetivas”.
O CEDIVIDA – Centro de Direitos à Vida da Pessoa Idosa promove a saúde e o bem-estar da pessoa idosa a partir de oficinas presenciais, onde eles podem interagir entre si e aprender coisas novas. Contribua aqui com essa causa.