O diabetes é uma doença que pode atingir qualquer pessoa em diferentes faixas etárias, ser hereditário ou desenvolvido ao longo da vida, criando complicações à saúde, principalmente a da pessoa idosa. Por isso, há alguns cuidados que devem ser tomados para que se tenha uma boa qualidade de vida.
De acordo com a nutricionista especialista em diabetes, Mariana Maciel, a doença é dividida em alguns tipos, mas de maneira geral, existem os tipos 1, 2 e o gestacional. O tipo 1 é mais comum de ser diagnosticado na infância e adolescência, enquanto o tipo 2 está ligado ao envelhecimento e por isso, é muito comum na terceira idade. O diabetes gestacional, como o próprio nome sugere, é desenvolvido durante a gravidez, em situações específicas.
A nutricionista explica que a classificação correta permite direcionar o tratamento adequado, rastrear comorbidades e complicações crônicas. “Os idosos são mais vulneráveis e dependendo da patologia associada, pode ser dificultado o diagnóstico de forma efetiva”. Segundo ela, alguns sinais são: urina, sede, perda de peso e apetite em excesso, infecções frequentes, cicatrização lenta e visão turva.
Apesar dos sinais, o diabetes é uma doença silenciosa, por conta dos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Além disso, as complicações cardíacas e vasculares são maiores na terceira idade do que no paciente mais jovem. “Outro ponto importante é que o idoso que toma vários medicamentos, pode apresentar perdas funcionais, quedas, fraturas, dentre outros, que são fatores que deixam o paciente mais suscetível a complicações”, explica a nutricionista.
Um problema comum na terceira idade é a sarcopenia, ou perda de massa muscular, que resulta na perda de força e atrapalhando nas atividades diárias. “Essa situação ocorre, normalmente, em idosos, porém em quem tem diabetes, a prevalência é três vezes maior”, alerta Mariana Quanto maior os níveis de glicemia, em longo prazo, pode haver mais efeitos que comprometem os músculos.
O tratamento do diabetes é individual e é adequado à situação clínica de cada um, independentemente da idade. No caso da pessoa idosa, existem três classificações do portador da doença: saudável, comprometido e muito comprometido.
Idoso saudável: poucas comorbidades crônicas, estado funcional e cognitivo preservado.
Idoso comprometido: múltiplas comorbidades crônicas, comprometimento funcional leve e comprometimento cognitivo moderado.
Idoso muito comprometido: doença terminal, comprometido funcional e cognitivo grave.
Além disso, uma alimentação balanceada é parte fundamental do tratamento e incluir o consumo de macro e micronutrientes. Os macronutrientes são os carboidratos, proteínas e gorduras. Os micros são as vitaminas e minerais provenientes das frutas, verduras e legumes. “Em alguns casos, também é necessário o uso de suplementação de proteínas ou algumas vitaminas com D e B12, pré e probióticos para recuperar a microbiota intestinal”, explica a nutricionista.
O objetivo de todo o trabalho é controlar os níveis de glicemia e hipoglicemias (baixa taxa de glicose na corrente sanguínea). “Os medicamentos, mudanças no metabolismo e alimentação podem contribuir para o aumento da hipoglicemia, por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas como sudorese, tremores, confusão e agitação. Em alguns casos, pode causar convulsão e desmaio”, destaca. Na cogitação de hábitos alimentares, consulte um nutricionista.
Ao notar os sintomas, procure um médico especialista e consulte também um nutricionista para te orientar no tratamento. O mais recomendado é que sejam feitos exames de rotina e que haja a possibilidade de prevenção da doença.