Durante o mês de dezembro, a campanha “Dezembro Laranja”, aborda a conscientização sobre o câncer de pele e alerta para o perigo da doença, que é o câncer mais comum no Brasil entre homens e mulheres.
Uma das maneiras de surgimento do câncer de pele é através das células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. Diante disso, é mais frequente em adultos brancos. Outra maneira, surge nas células basais ou nas escamosas.
Os tumores mais comuns são o carcinoma basocelular e espinocelular que surgem como feridas que não cicatrizam espontaneamente. Eles são os cânceres mais comuns do ser humano e correspondem a 30% de todos os tumores malignos. Quem diz, é a médica dermatologista, Karina Bittencourt. Segundo ela, estes tumores possuem maior índice de cura quando diagnosticado precocemente. Mas Karine alerta para o câncer de pele melanoma. “Surge como uma pinta assimétrica e que muda ao longo do tempo. Representa 4% dos tumores malignos no Brasil e é o tipo mais grave devido a sua alta capacidade de provocar metástases (disseminação do câncer para outros órgãos)”, diz.
Em 2022, foram registrados no país cerca de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma e cerca de 3 mil óbitos em decorrência deles. Em relação ao melanoma, foram diagnosticados cerca de 9 mil casos novos e um pouco menos de 2 mil óbitos. Através dos números, notamos que o câncer de pele não melanoma é o mais comum, mas com maior número de mortes. Proporcionalmente, o melanoma é mais grave pelo risco de ter metástases mais rápido.
O câncer de pele se desenvolve após longos períodos de exposição ao sol durante a vida, por isso os cuidados devem ser tomados desde a infância. Mas a especialista destaca que os cuidados para a vida da pessoa idosa, devem ser os mesmos de uma pessoa jovem. “Evitar exposição solar principalmente nos horários em que há maior incidência de irradiação ultravioleta tipo B, que são entre 10h e 16h. Além disso, usar filtro solar nas áreas expostas ao sol e roupas com proteção solar são as medidas mais importantes”, explica a dermatologista.
A doença naturalmente atinge principalmente as pessoas idosas. Sendo mais comum a partir dos 50 anos, o câncer de pele tem o seu maior número de casos em pessoas idosas, mas isso não quer dizer que sejam os casos mais graves. “Não necessariamente, os casos não são mais graves nas pessoas idosas, mas são as pessoas mais afetadas”, diz a médica.
O câncer de pele é o de maior incidência na população brasileira. Por isso, é importante buscar acompanhamento médico em caso de alguma suspeita da doença. Busque um dermatologista e cuide-se com os aconselhamentos dados por ele.