O envelhecimento é uma etapa natural na vida de um ser vivo, onde as funções do organismo vão declinando, articulações desgastando, músculos enfraquecendo, entre outros sinais. O envelhecimento acontece por inteiro, tanto na parte física como cognitiva.
A qualidade de vida de uma pessoa idosa vai depender de como ela viveu a vida até aquele momento, o quanto conseguiu preservar e cuidar de seu corpo ao longo da vida e, claro, da alimentação nessa fase tão importante. Como o organismo já não se regenera mais com tanta facilidade, a alimentação adequada é fundamental para dar saúde, energia e disposição ao idoso, assim como desacelerar o processo de envelhecimento, melhorar sua imunidade e proporcionar maior qualidade de vida.
Ao oferecer alimentos a um idoso devemos considerar vários aspectos, desde o equilíbrio nutricional, pois nessa fase a pessoa perde força e tônus muscular, possuindo uma digestão dos alimentos mais lenta. Em relação ao tônus e força muscular, a alimentação deve conter proteínas magras (carnes magras, ovos, laticínios, grãos), que ainda são ricas em zinco e contribuem para o reforço na imunidade.
Em relação à digestão, a alimentação deve ser rica em fibras (verduras, legumes, frutas), pobre em gorduras (não frituras) e conter o mínimo de corantes e/ou outros aditivos alimentares (alimentos industrializados). Lembrando que as fibras são importantes no controle da glicose, redução do colesterol e, até mesmo, na prevenção do câncer de cólon. As fibras aumentam a sensação de saciedade, sendo importantes no controle do peso do idoso. Não ofereça frutas muito ácidas, pois podem promover aftas e ardências estomacais.
Os alimentos devem ser bem cozidos e servidos em pedaços pequenos para facilitar a mastigação que pode estar comprometida pela dentição deficitária. Em relação ao visual da comida, o paladar e o apetite do idoso já se encontram prejudicados, por isso refeições coloridas são importantes para estimular o apetite e por conter variedade de nutrientes, especialmente os antioxidantes, que auxiliam no atraso do envelhecimento.
A idade avançada, por si só, é um fator de risco importante para as DCNT’s (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como: Diabetes, hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares, osteoporose, entre outras. Portanto, avaliar a alimentação do idoso e adequar o cardápio para a prevenção dessas doenças é fundamental.
Muito idosos sofrem com a falta de apetite. Para aumentar a adesão do idoso na alimentação observar os seguintes aspectos:
1 – Manter regularidade nos horários das refeições. O idoso necessita de rotina;
2 – A comida deve estar em temperatura agradável, nem muito quente e nem fria;
3 – Observar as limitações motoras do idoso e se consegue mastigar. Não dar alimentos com ossos, espinhos ou cascas, pedaços duros ou grandes demais. Tomar cuidado com alimentos muito secos para que não engasgue ou aspire alimentos;
4 – Não oferecer alimentos fora de horário de refeições, principalmente as guloseimas, pois tiram o apetite e não contém nutrientes saudáveis;
5 – É de suma importância oferecer líquidos ao longo do dia para o idoso, água e chás de ervas (sem açúcar) para que não desidratem e tenham um melhor funcionamento renal e intestinal.
Para o idoso que vive sozinho e é responsável por sua própria alimentação é fundamental saber que a variedade da alimentação é importante para ingerir todos os grupos de alimentos necessários para a manutenção da saúde, senão corre o risco de problemas de deficiências de nutrientes como anemia, cansaço, osteoporose, obesidade e todas as consequências do excesso de peso (hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros).