Crie o hábito de fazer uma análise de custo-benefício

por | 23 de julho de 2024 | Planos de Vida, Vida e Carreira

Por Carlos Air

É preciso pesar os custos e benefícios de suas escolhas financeiras. Seja em qualquer nível ou em consideração às suas próprias reservas ou economias, tomamos decisões sutis de custo-benefício todos os dias. Se você se tornar mais estruturado ao fazer as perguntas, ficará melhor em respondê-las. “O que você pensa sobre todas as diferentes implicações do custo para inúmeras coisas na vida?” Por exemplo, se você está pensando em comprar um carro, principalmente para se deslocar uma curta distância até o trabalho, some todos os custos que envolvem esta aquisição – taxas de registro, combustível, manutenção, seguro, etc. Em seguida, leve em consideração quaisquer outras prioridades pessoais – como os custos de dirigir sozinho versus o compartilhamento de carona – antes de tomar sua decisão. Seja qual for o caminho que você escolher, você terá uma visão mais completa dos verdadeiros custos de sua escolha. 

Gerir nossa casa ou vida financeira não é muito diferente do gerir uma empresa. E empresas estáveis e de resultados possuem um departamento específico de compras, onde para toda e qualquer aquisição é realizado um estudo de análise de custo-benefício, além de haver a análise de ofertas – chamada de bid, onde realiza-se cotações com três ou mais concorrentes, deixando claro para estes quanto a análise de outras propostas, para motivar uma melhor oferta e benefício para você. Além de que cada proposta trará algo que talvez você não estaria considerando solicitar ou exigir do fornecedor que você tenha em mente realizar a aquisição. Então quando pensar em comprar algo que tenha um valor considerável, tenha em mente realizar esse tipo de operação. 

Tenha um plano de saúde 

Se você trabalha por conta própria ou trabalha em empregos de meio período ou faz trabalhos temporários, há uma boa chance de que você precise adquirir seu próprio plano saúde. Recomendo fazer disso, uma prioridade financeira. Escuto constantemente de muitas pessoas sobre o enorme receio que, caso sofram qualquer tipo de acidente ou problema relacionado à saúde, terão que pagar do próprio bolso todas as despesas médicas e hospitalares, caso não sejam atendidas na rede pública. Além da área da saúde ser extremamente dispendiosa no que se refere à dinheiro. É muito comum pessoas depois de idosas descobrirem uma doença a qual despende de muito dinheiro para o tratamento. Outro agravante é que uma vez descoberta qualquer doença, após este ocorrido, certamente toda e qualquer adesão à um plano de saúde se torna difícil e cara dado ao histórico diagnosticado. Então se eu puder lhe dar um conselho, pensando não somente no presente, mas principalmente em um futuro estabilizado e mais seguro, invista tempo na aquisição de um plano de saúde, mas muita atenção nas condições, percentual de taxa de coparticipação, tempo de carência, reajustes anuais, coberturas, abrangência, etc.  

Comece a pensar na aposentadoria 

A aposentadoria pode parecer distante, mas a maneira como você se prepara para os anos de folga no início de sua carreira pode evitar dores de cabeça no futuro. Talvez até um determinado momento você pode não ter dinheiro para economizar depois de contabilizar as despesas mensais. Mas assim que puder, recomendo priorizar a escada das finanças pessoais, subindo o mais alto possível, dada a quantidade de dinheiro que você pode reservar. Sua primeira prioridade deve ser depositar o máximo que puder anualmente em uma conta de aposentadoria e, que isso esteja alocado em uma carteira de investimento diversificada para que o passar do tempo seja um fator beneficente. Em seguida na escada, tente estabelecer quantias anuais maiores. Dito isso, “as finanças pessoais são graduais”.  

 “Ninguém espera que você consiga maximizar suas contas, ter a alocação de ativos perfeita e gastar o suficiente para viver uma vida rica no primeiro dia.” Estabelecer esses hábitos desde o início, porém, é importante. Se você não tiver certeza de quanto dinheiro investir no futuro, ele recomenda economizar e investir pelo menos 20% de sua renda bruta. Mas depositar qualquer quantia nessas contas é um bom ponto de partida. “Uma das forças mais poderosas do mundo são os juros compostos”. Seu futuro lhe agradecerá por isso… 

Carlos Air é natural de Porto Alegre – RS. É autor do Best-seller “Rico Pobre A Diferença Não é o Dinheiro”. Obra doada para as escolas públicas e faróis do saber de Curitiba e distribuída em países como França, Colômbia, Espanha, Argentina e Estados Unidos.