É importante selecionar e preparar bem os alimentos e evitar os excessos no consumo.
Boa parte das pessoas tem descuidado da alimentação nos últimos anos. O modo de vida cada vez mais agitado, muitas vezes, deixa pouco tempo para as refeições. Para complicar, há uma grande oferta de alimentos processados e ultraprocessados, que possuem excesso de gordura saturada, sódio e açúcares. Dessa forma, come-se muito mal e também da forma errada. E os idosos também não estão livres desses péssimos hábitos de alimentação atuais.
A alimentação de pessoas idosas requer cuidados especiais, que já se iniciam na compra dos alimentos, os quais devem ser selecionados segundo a sua faixa etária. Ao escolher os produtos, é preciso ler atentamente os rótulos e buscar aqueles que sejam mais saudáveis e com menores quantidades de sódio, gorduras (totais, saturadas, trans), açúcares, glúten, fenilalanina e carboidratos. Antes de comprar, também é preciso fazer a verificação da quantidade de calorias, da composição dos nutrientes presentes e das formas para melhor conservação do alimento.
Para se conseguir uma alimentação mais saudável, é importante privilegiar produtos naturais como hortifrútis, carnes vermelhas, aves, peixes, ovos, leite e água, e moderar o consumo de açúcar, sal, gorduras e óleo, que podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos idosos, agravando doenças crônicas como a hipertensão e o diabetes e aumentar os problemas cardiovasculares.
A tentação dos ultraprocessados também é grande para os idosos – é difícil resistir aos biscoitos recheados, refrigerantes, salgadinhos, sucos industrializados, refeições instantâneas ou congeladas. Mas, pelo baixo valor nutricional e excesso de calorias, é imprescindível evitá-los ou, no máximo, optar por um consumo casual muito bem controlado.
Selecionados os alimentos para os idosos, é necessário dar atenção à preparação para que tudo seja o mais saudável possível. Ao preparar as carnes, por exemplo, é importante separar as gorduras mais visíveis. Ao temperar os alimentos, deve-se utilizar medidas certas de sal e pimenta, e cozinhar com pouco óleo – temperos naturais como alho, cebola, salsinha, pimenta, entre muitos outros, podem substituir ou ajudar a diminuir a utilização do sal e óleo. Em algumas receitas, é interessante a opção por grelhar as carnes. Também é importante controlar o tempo de cozimento dos alimentos, pois os que ficam muito cozidos perdem muitos nutrientes.
Outro ponto a ser observado é a limitação de mastigar e engolir que algumas pessoas idosas podem ter. Para elas, pode ser necessário separar o alimento em pedaços menores, picar ou mesmo moê-los, evitando que haja engasgos, aspiração ou asfixia na ingestão. Também deve ser verificada a temperatura em que os alimentos são servidos aos idosos, evitando-se os extremos de quente (para não queimar a boca) e frio – alimentos que ficam resfriando por muito tempo podem ficar expostos a bactérias ou à produção de toxinas.
Ainda é importante prestar atenção nos excessos à mesa, quando se coloca um pouco mais de açúcar no suco, leite, chá ou café, ou salga-se ainda mais a comida já pronta no prato. Bebidas alcoólicas também devem ser consumidas com muita moderação.